29 de maio de 2012

Minha Primeira Bienal!


Imagine um dia que começa com tudo dando errado... Não é possível fazer check-in pela web, pois apesar de ter comprado – para evitar possíveis transtornos – a passagem da minha operadora predileta, o voo seria operado por outra... Solução?! Chegar mais cedo ao aeroporto! Combino antecipadamente com minhas irmãs... Que, lá, chegam atrasadas. (Mas juram que fui eu quem chegou muito adiantada!).

Primeiro problema superado, vamos ao outro... Mais uma vez, temendo o inesperado, escolho um dos melhores hotéis para nos hospedarmos. E quando lá chegamos... Adivinhem?! Colocam-nos no quarto errado. E o excelente serviço que eu aguardava, só conseguiu resolver o conflito, 04 horas mais tarde. Deixando essa que vos escreve, cada vez mais atrasada... E é claro, às lágrimas.

Mas eis que, em meio a tanto nervosismo, conseguimos nos arrumar a tempo. Bastava apenas pegar o táxi. Táxi?! O ponto, que minutos antes estava lotado, agora se encontrava sem nenhuma alma. E ao recorrermos ao recepcionista do hotel, ele foi logo dizendo:

– Táxi... Só daqui a pelo menos meia hora... Vocês tinham que ter pedido mais cedo. Agora é mais fácil ficarem no meio da rua fazendo sinal. Quem sabe assim algum taxista pega a corrida.

Sinceramente... Eu não sabia se ria ou chorava.

E, em um surto de tranquilidade, olhava para minhas irmãs e pensava...

“Obrigada meu Deus por tudo até então estar dando tão errado!”.

Não, não é ironia... É porque outro dia, estava, eu, em casa, com o meu marido e filhos, quando, sem querer, quebrei um copo. E, imediatamente, me recordei das palavras de minha mãe, que acredita que ao quebrarmos algo dentro de casa, estamos trazendo sorte para nossa vida.

Curiosa como sou, fui pesquisar sobre o assunto, descobrindo, assim, que este tem origem em certas tradições judaicas que dizem que cada homem tem uma cota de sorte, que vai usando no decorrer de sua existência. Podendo fazer com que, esta, renda juros, se usá-la apenas para coisas que realmente necessita – ou podendo desperdiçá-la à toa. Descobri ainda que, também os judeus, dizem “boa sorte” quando alguém quebra um copo. Mas isto significa: “que bom! Você não desperdiçou sua sorte tentando evitar que este copo quebrasse. Então, vai poder usá-la em coisas mais importantes”.

E com certeza, a minha cota para aquele dia não estava sendo utilizada! O que me fez pensar que tudo daria certo no evento.

E não é que, contra todas as expectativas, conseguimos chegar 15 minutos, adiantadas, para a realização do meu grande sonho – digo – o lançamento do meu primeiro livro: Dualidade.

E foi tudo incrível! Perfeito! Do jeitinho que eu imaginara.

Após o lançamento, já era hora de encerrar a Bienal (e eu estava exausta!), então voltamos ao hotel. Mas no outro dia, pela manhã, na Expominas, nós novamente estávamos. É claro... Agora como leitoras apaixonadas!

Vou lhes contar... Para mim, parecia a Terra Encantada! Eu estava ali, alucinada, perdida em meu vício. Pois se há um que me domina – é justamente este – os livros!

De repente, percebo-me em meio à ala dos quadrinhos, escutando um cartunista a brincar com as palavras. Lembro-me de ter pensando... Que maravilha!!!

Bem, como é de se imaginar, não resisti! O livro, dele, eu comprei. E quando dei por mim já estava na fila (onde conheci duas meninas magníficas) a espera de um autógrafo.

É chegada a minha hora, e, eu, de frente para autor, perdida em meio as minhas sacolas (cheias de livros!)... E tentando pegar o que havia sido, por ele, escrito... Sem saber o seu nome, apenas disse:

– Olha só, eu não te conheço, mas"...

Neste momento sou interceptada pelo autor, que diz:

– Tudo bem, relaxa, eu também não te conheço, senta aí... (e foi assim que iniciamos a conversa!).

O nome do cartunista?! Agora eu sei e, dele, não me esqueço mais... Carlos Ruas. Inclusive, recomendo a leitura!
Enfim... Depois desse sensacional passeio, voltei para casa feliz da vida. E trazendo na mala 36 novas companhias (Eu bem te avisei que os livros são o meu ponto fraco).

E a Bienal que acabaria no data de 27/05, teve que ser encerrada às pressas, devido às fortes chuvas, que na última semana, abalaram a incrível Belo Horizonte. Cidade das mais lindas pedras (esse é outro mimo pelo qual meus olhos brilham), que além de abrigar antiguíssimas e ricas histórias, foi o cenário do início da realização de um sonho. O meu sonho!

E, essas lembranças, em meu coração, para sempre estarão!

Por isso agradeço – ao querido povo mineiro – pela aconchegante recepção.

E à minha família, por em minha vida, terem sempre presente participação.


Por Lívia Antunes.

22 de maio de 2012

Qual valor de um abraço?!

Para uma mãe, significa acalento.
Para um pai, carinho.
Para os filhos, proteção!
Para um casal de namorados, resulta em paixão.
Para os amigos, cumplicidade!
Para os doentes, esperança.
Para os tristes, aconchego...
Para os felizes, comemoração!
Para mim... Um abraço - independentemente de como estou - é simplesmente Amor!
Pois apenas quem ama é capaz de abraçar com o coração. E fazer com que o coração do outro sinta todo o valor que existe neste tão simples ato. Que, assim como o Amor, é inexplicável!


Então, Estrelinhas, aproveitem esta data, para abraçarem a todos que tiverem vontade.


Pois o tempo passa, a vida passa e a melhor oportunidade para abraçar, a quem se quer bem, é agora!


Sintam-se todas abraçadas!!!


Feliz Dia do Abraço!


(Lívia Antunes)


22-05-2012

8 de maio de 2012

Mãe Super Poderosa

É incrível como uma mãe tem a capacidade de tornar sem efeito todo e qualquer argumento que seu filho possa ter.
Minha mãe sempre foi o meu orgulho. Mulher forte, guerreira, determinada e doce... Mas que passou por muita dificuldade para chegar onde está.
Então, na intenção de deixá-la feliz e também dizer a ela o que pensava... Escrevi uma bela crônica, que entre outras coisas, dizia... “Perdoa o que a vida te fez passar”.
Minha mãe leu o texto, e sorrindo, para mim, falou:
– Suas palavras são realmente lindas. E você? Já perdoou?
Fiquei estática. Mesmo já sendo mãe, não entendo ainda como a minha consegue ser tão sensitiva.
Então, tentando escapulir... Falei que não era bem assim, que o texto era para ela e não para mim.
Ela, que ainda sorria, complementou...
– Sabe o que é minha querida... Quando a gente escreve para os outros, está também escrevendo para si. E você, aqui, não está falando só de mim. E então eu te pergunto... E você? Já perdoou?
Eu, que me sentia novamente como uma pequenina, não respondi. Mas nem precisava... O meu olhar já me entregara. O “não” estava estampado em minha cara...
Logo eu, que, na minha eterna meninice, achava que ela já tinha me ensinado tudo que eu precisava... Tsc... Como eu estava enganada!
Fiquei ali...  Sentada... De frente para minha mulher preferida... A minha heroína!
Pensando em como é fantástico o poder que uma mãe tem de olhar dentro do coração de um filho e perceber o que nem ele mesmo sabia que estava sentindo.
Em nota: A todas, que, assim como eu, são mãe. Parabéns pelo nosso dia!
(Lívia Antunes)